domingo, 9 de agosto de 2015

FIES e o financiamento estudantil nos EUA

http://jornalggn.com.br/fora-pauta/fies-e-o-financiamento-estudantil-nos-eua-por-robson-lopes


Ontem , dia 4.8.2015, no Jornal Nacional resolveram voltar ao assunto do FIES, acredito que pela abertura de 65 mil novas vagas e a liberação de 5 bilhões de reais do governo federal para o programa.

Um jovem jornalista, no estilo notícia-comédia, fez comparações com os juros do programa brasileiro, FIES, e como é no sistema americano. Esqueceu apenas de citar alguns pequenos detalhes, os custos da educação nos EUA, que muitas vezes ultrapassa os 100 mil dólares anuais, o que coloca seu modelo como predominantemente elitista, mas citou outro dado que não pode ser deixado de lado, 1 em cada 5 americanos não consegue pagar o seu financiamento estudantil.

Mas estou escrevendo esse texto pela pérola dita na reportagem, quando foi comparado o sistema brasileiro de financiamento com o americano, mostrou o quanto o governo brasileiro cobra de juros anuais pelo FIES 6,5% e quanto está a taxa selic 14%, logo, o governo estaria tendo prejuízo, perdendo dinheiro, isso mesmo que foi dito. A educação deve ser como um investimento financeiro e não um investimento humano, cujos valores se colherá no futuro, valores culturais, humanos, e porque não, financeiros também, uma vez que agregarão valor à economia como um todo. No entanto nos EUA, pasmem, eles têm até lucro. O que deveria ser colocado como uma aberração é apresentado como uma virtude no sistema de financiamento estudantil americano.

O FIES, o PROUNI são programas para recuperar o tempo perdido pela falta de investimento continuado na educação superior no Brasil, esses programas não são arrecadatórios, têm como objetivo oferecer oportunidades a quem não tem condições de bancar com recursos próprios seus estudos, tanto o FIES que é o financiamento público do ensino, quanto o PROUNI, que se utiliza das vagas ociosas nas faculdades e universidades do país para atender à demanda de ensino superior, esse último é tão fantástico que o Bill Clinton brincou, dizendo: "como não pensamos nisso antes."

Pois é, como não?

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