Viva o Brasil! Viva a Justiça brasileira!
Graças a ela, o Brasil está sendo moralizado!
A Petrobras não vai escapar, vai ser desmontada até o último barril, não é?
Vamos entregar nosso petróleo, com as bençãos de José Serra, a empresas capazes e responsáveis, como a Chevron.
Sim, a Chevron, que acaba de ser inocentada pelo vazamento de petróleo no campo de Frade, em novembro de 2011.
Não houve, segundo os desembargadores federais do TRF da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e Espírito Santo, crime ambiental e muito menos omissão de informações, embora a extensão do vazamento só tenha sido conhecida porque uma organização internacional, a SkyTruth, do geólogo americano John Ames, provocada por este Tijolaço, que forneceu enviou as coordenadas geográficas do poço acidentado, mostrou, com fotos de satélite, a dimensão imensa da mancha de óleo.
O advogado da petroleira americana, Nélio Machado, ainda teve a cara-de-pau de declarar “não ter morrido um só peixe em função do vazamento”, segundo o site Petronotícias, que apresenta uma detalhada cronologia da patranha sustentada pela Chevron desde que, descoberto o vazamento por trabalhadores da Petrobras que operavam em uma área próxima, a empresa alegava apenas que era uma “exsudação natural” de óleo do fundo do mar.
A imprensa brasileira, que noticiou quase à força o vazamento, agora esconde outra imensa mancha: a escandalosa decisão dos nossos intimoratos juízes.
Claro, foi tudo invenção dos blogs sujos!
Aquelas fotos que depois foram parar nos jornais eram montagens e, quem sabe, num raciocínio (perdão pela palavra) como o de Danilo Gentili é capaz de ter sido provocada por alguns nacionalistas que, para desmoralizar os grandes amigos norte-americanos, que fazem o favor de levar nosso petróleo, tenha arrumado um barquinho, comprado meia-dúzia de latinhas de óleo num posto de gasolina e ido lá, para alto-mar, derramá-las e criar aquela mancha imensa.
Vai ver esqueceram de comprar umas sardinhas no mercado para forjar um “peixicídio”, não é?
Que vergonha!
Toda a “punição” se resumiu a um “termo de ajustamento de conduta” – algo como aquele “eu juro. dputor, que não roubo mais” com que outro juiz federal deixou Alberto Youssef livre depois do escândalo do Banestado – e alguma miserável “indenização”, paga com o próprio petróleo que tiram de lá.
Os senhores doutores do Judiciário gostam de dizer que “decisão judicial não se discute”, mesmo que seja de uma extrema ironia, nestes tempos, dizer-se que a Chevron tem as “mãos limpas”.
Está bem, obedeço.
Mas não há força no mundo que possa, afinal, nos impedir de sentir nojo dela, não é?
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