Já que o FMI não pode impor nada ao país agora, a Dilma põe um ministro da Fazenda vindo da banca privada e pronto para dizer amém para tais agências. Complexo de vira-lata.
http://jornalggn.com.br/noticia/moodys-rebaixa-nota-do-brasil-citando-fraqueza-da-economia
QUA, 12/08/2015 - 11:35
Jornal GGN - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating dos títulos do Brasil para Baa3 de Baa2. A agência de rating alterou também a perspectiva do rating para estável de negativa. Esse é o último degrau do "grau de investimento", ou seja, o país ainda é considerado um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.
Em comunicado, a agência diz que "o desempenho econômico mais fraco que o esperado, a tendência de alta das despesas do governo e a falta de consenso político sobre as reformas fiscais impedirão as autoridades de atingir superávits primários elevados o suficiente para conter e reverter a tendência de aumento da dívida este ano e no próximo, além de desafiar sua capacidade de fazê-lo depois".
A entidade afirma ainda que "será um desafio" para o país sustentar a melhora da trajetória fiscal. O governo revisou suas projeções macroeconômicas em julho e, segundo a Moody's, "os números confirmam que as autoridades não têm sido capazes de apresentar superávits primários grandes o suficiente para evitar um aumento dos níveis da dívida em 2015-16, e enfrentam desafios significativos na concretização dos objetivos fixados no programa fiscal de médio prazo". As estimativas da agência consideram um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de pelo menos 2% e superávits primários de pelo menos 2% do PIB para estabilizar os índices de dívida. A agência de rating não espera que o Brasil cumpra estas condições este ano ou no próximo.
Como consequência, a entidade diz que a carga de endividamento do governo e a comportabilidade da dívida continuarão a deteriorar significativamente em 2015 e 2016 em comparação com as expectativas anteriores da agência de rating, para níveis substancialmente piores que os de outros pares do Brasil com classificação Baa. A agência acredita que "o crescente endividamento só estabilizará no fim do governo atual".
A Moody’s estima que a relação dívida/PIB subirá para 67% em 2016 e continuará a aumentar lentamente depois, se aproximando de 70% em 2018 – em ambos os casos será significantemente mais alto que o nível de 53% atingido em 2013. Depois disso, a agência de classificação espera que os níveis de dívida permaneçam em torno desse nível elevado. A carga de juros também será substancialmente maior, com pagamentos de juros superiores a 20% das receitas do governo em 2015 e 2016 em comparação com 16% em 2013.
"Na visão da Moody’s, o Brasil apresenta uma série de vantagens com relação ao seu crédito que está refletida no rating Baa3: a habilidade de suportar choques financeiros externos tendo em vista as abundantes reservas internacionais; o balanço patrimonial do governo com exposição relativamente limitada à dívida em moeda estrangeira e a títulos de dívida em poder de não residentes quando comparado com seus pares; assim como uma economia grande e diversificada", pontua o comunicado.
Além de rebaixar o rating dos títulos do Brasil, a Moody’s também rebaixou o rating da dívida sênior sem garantia de ativos reais para Baa3 de Baa2, e o rating shelf sênior sem garantia de ativos reais para (P)Baa3 de (P)Baa2. A agência de rating também alterou os tetos soberanos em moeda estrangeira do Brasil como parte de sua ação de rating. O teto de dívida em moeda estrangeira foi alterado para Baa2 de Baa1, enquanto o teto de depósito em moeda estrangeira mudou para Baa3 de Baa2. Os tetos soberanos em moeda local não foram modificados.
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