quarta-feira, 12 de agosto de 2015

As reações incendiárias à aproximação de Renan com o governo

http://jornalggn.com.br/noticia/as-reacoes-incendiarias-a-aproximacao-de-renan-com-o-governo
Jornal GGN - Os espaços preenchidos por colunistas de jornais da grande mídia nesta quarta-feira (12) estão recheados de reações incendiárias ao menor sinal de aproximação entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o governo Dilma Rousseff (PT). Após o deputado Eduardo Cunha (PMDB) demonstrar que digeriu mal a notícia de que o Planalto estaria aberto a discutir e encampar o pacto proposto por Renan para superar a crise, foi a vez da “tropa” do presidente da Câmara dar as caras na mídia com ameaças na manga.
Segundo o Painel da Folha de hoje, “aliados de Eduardo Cunha definiram, em almoço com o presidente da Câmara na terça, uma estratégia para bombardear a aproximação de Renan Calheiros com o governo Dilma Rousseff. Passarão a incentivar que os grupos que organizam as manifestações de domingo incluam o presidente do Senado como alvo dos protestos.”
O discurso foi elaborado sob medida para fazer Renan recuar sem pensar duas vezes e deixar Dilma sozinha no epicentro da crise. A ideia é difundir a informação de que o senador só estaria ajudando o governo a recuperar o mínimo de governabilidade porque há um “acordão que inclui preservá-lo das investigações da Lava Jato”.
O colunista Ilimar Franco (O Globo) confirmou que a “a irritação” do chamado blocão - grupo liderado por Cunha na Câmara - com Renan Calheiros foi o tema central do almoço de ontem. “O líder do PSC, André Moura, resumiu: ‘Agora nós viramos o diabo, e eles (senadores), os santos’. E decidiram: se Renan der trela ao discurso da pauta-bomba, a Casa não votará propostas que vierem do Senado”, em retaliação.
Em outra frente, durante encontro conduzido pelo vice-presidente Michel Temer com líderes partidários, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) propôs que todos assinassem documento se comprometendo a barrar pautas-bomba na Câmara, num gesto para recompor a base de Dilma e frear as manobras de Eduardo Cunha e seus seguidores.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, detonou a proposta: disse que precisava “consultar” a base peemedebista antes de assumir esse tipo de acordo. Os leitores mais assíduos já sabem o resultado dessa consulta...

Nenhum comentário:

Postar um comentário