SEG, 10/08/2015 - 20:59
Jornal GGN - O Painel da Folha desta segunda-feira (10) afirma que auxiliares de Rodrigo Janot, da Procuradoria Geral da República, estão fazendo "suspense" sobre a publicação de uma segunda lista de políticos implicados nas investigações da Operação Lava Jato. Segundo a coluna, havia expectativa de que as novas denúncias fosse apresentadas ao Supremo Tribunal Federal essa semana, mas os auxiliares são "evasivos sobre a probabilidade".
"Procuradores dizem que é 'possível' que Janot apresente ao STF algumas peças ainda antes dos protestos do dia 16, mas o mais provável é que as denúncias sejam na semana que vem. Argumentam que a semana é 'curta' com o feriado da Justiça na terça."
No dia 11 de agosto comemora-se o Dia do Magistrado em todo o País, além do Dia dos Advogados e a Criação dos Cursos Jurídicos. Já no dia 16 está marcado um grande protesto encabeçado por grupos anti-PT que vão pedir a renúncia de Dilma e a convocação de novas eleições.
O deadline para a entrega da segunda leva de políticos possivelmente envolvidos em esquema de corrupção na Petrobras é o dia 16 de setembro, quando encerra-se este mandato do procurador-geral. Janot já foi eleito pelo Ministério Público Federal o magistrado com mais votos para ser reconduzido ao posto. A presidente Dilma Rousseff acatou a sugestão e encaminhou a indicação para o Senado, que deverá promover uma sabatina.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), diz que não vai trabalhar contra a reeleição de Janot. O senador é investigado na Operação Lava Jato e desde que apareceu na primeira lista de envolvidos, em março, passou a retaliar o governo Dilma sob a justificativa velada de que nada foi feito para evitar que Renan tivesse sua imagem arranhada em função da Operação.
No Painel da Folha ainda consta que a ala palaciana do governo aposta que Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, vai instaurar um processo de impeachment contra Dilma, mais cedo ou mais tarde. Por isso, traçaram como meta conquistar a fidelidade de ao menos 200 parlamentares que podem deter o avanço do impeachment.
O maior obstáculo ao sucesso dessa estratégia é justamente a Lava Jato. Com uma nova lista de investigados em vista, é impossível conter os ânimos do Parlamento. Por isso, os movimentos de Janot serão acompanhados de perto.
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