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- Agosto 21º, 2015
Jornal GGN - Hoje, sexta-feira (21), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, esteve em São Paulo para a inauguração da nova sede da Bralyx, fabricante nacional de máquinas para o setor alimentício.
Na ocasião, Coutinho elogiou o empreendedorismo da companhia e a coragem para tomar riscos em um momento de conservadorismo econômico.
Ele também aproveitou para falar das ações do Banco para as micro e pequenas empresas. “Nós sabemos que não podemos aumentar a pressão para o Tesouro, mas fizemos uma reorganização e decidimos preservar as linhas para pequenas empresas”, disse. “O BNDES não é um banco exclusivo dos grandes. As pequenas empresas têm um peso importante para a sociedade, porque criam renda e emprego”.
Também presente no evento, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Carlos Pastoriza, falou sobre a importância do banco estatal para o desenvolvimento de micro e pequenas empresas.
“São R$ 60 bilhões por ano, emprestados pelo sistema Finame e Cartão BNDES. Para um milhão de operações. O ticket médio é de R$ 60 mil apenas, mas faz toda a diferença para o empresários, que não conseguem R$ 60 mil no sistema bancário privado. Porque os juros são pornográficos”, disse.
Coutinho afirmou que apesar de todas as dificuldades os desembolsos pelo Cartão BNDES estão crescendo 14% nesse semestre. O dispositivo é importante para que as fabricantes de máquinas e equipamentos consigam vender seus produtos para empresários de diversos setores, que pagam com juros menores e prazo mais longo do que no sistema bancário privado. “A sobrevivência do setor de máquinas é a mais desafiadora de todos os setores. Porque os seus clientes em diversos segmentos estão sujeitos aos ciclos econômicos”.
Além do foco em pequenas e médias, o BNDES também está preocupado com a capacidade brasileira de inovar. No ano passado, juntos, BNDES e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) desembolsaram R$ 5,8 bilhões para inovação. “R$ 3,2 bilhões do BNDES e o restante da Finep”, conforme detalhou Coutinho. “Em 2015, apesar da dificuldade, nós vamos superar. Apenas o BNDES quer chegar a R$ 4 bilhões”.
Sobre as críticas ao Banco, Coutinho disse que são ideológicas, ou “simples desinformação”.
Pastoriza foi mais enfático. “Eu fico chocado quando vejo as críticas da grande mídia ao BNDES, me assusta a injustiça e o caráter subalterno. Talvez um dia o Brasil possa prescindir do BNDES. Mas só no dia em que nós tivermos juros civilizados. Por trás de toda a indústria do Brasil tem a indústria de máquinas e tem o BNDES”.
Recentemente, o Banco ampliou também a escala do Progeren, que dá apoio financeiro para capital de giro. De acordo com Coutinho, o orçamento agora é de R$ 7,7 bilhões. “Eu espero que ajude as empresas de bens de capital em um momento que a escassez de crédito, especialmente para capital de giro, é muito grande”.
O presidente da Bralyx, Gilberto Poleto, disse que a empresa é um sucesso porque focou em um público que não era atendido, com ticket médio de US$ 20 mil. E afirmou que 30% das vendas da fábrica são realizadas por meio do Finame e Cartão BNDES.
Com o financiamento do banco estatal, a empresa espera dobrar o faturamento até 2020.
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