sábado, 18 de julho de 2015

Com 6 ministérios, PMDB indica que não seguirá decisão Eduardo Cunha

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Jornal GGN - Após o anúncio feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, prometendo se unir, a partir de agora, com a oposição ao governo Dilma Rousseff, o PMDB, detentor de ministérios, emitiu uma nota à imprensa indicando que não deve seguir os passos do deputado fluminense, investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo o informe, "a manifestação de hoje [sexta-feira, 17] do presidente da Câmara dos Deputados é a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB. Entretanto, a presidência do PMDB esclarece que toda e qualquer decisão partidária só pode ser tomada após consulta às instâncias decisórias do partido: comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional."
Questionado na manhã de hoje se o PMDB está disposto a segui-lo na decisão de deixar o governo, Cunha disse que essa é uma pergunta que deve ser feita a Michel Temer, mas, no que depender dele, o trabalho será no sentido de "arrastar" a legenda para a oposição.
Presidente nacional do PMDB, Temer está de malas prontas para Nova York. Nos próximos dias, ele terá agenda com investidores americanos e, depois, vai tirar dias de descanso com a família, segundo informações do colunista Lauro Jardim.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, também afetado por novas delações da Lava Jato essa semana, decidiu não falar ao lado de Cunha e cancelar a coletiva de imprensa programada para apresentar o balanço dos trabalhos do Senado. O retrospecto foi publicado no site oficial da Casa, onde consta críticas acerca do pacote fiscal de Dilma, que tem prejudicado "apenas trabalhadores".
"O Congresso, composto de homens responsáveis e patriotas, não é um agente de instabilidade. As dificuldades que ora enfrentamos não foram criadas aqui, mas nem por isso nos omitimos. Não é a política que contamina a economia. Quem alimenta a crise política é a crise econômica", afirmou.
Embora também esteja em rota de colisão com o governo, Renan demonstrou que não vai usar a via do ataque direto e verbal às autoridades da Lava Jato, diferente de Cunha. 
Fragmentado, o PMDB terá de decidir se rompe com o PT agora ou mantém a aliança forjada até 2016, quando haverá disputa em nível municipal. Hoje, a legenda é detentora de seis ministérios - Portos, Minas e Energia, Aviação Civil, Pesca, Turismo e Agricultura - e sabe que precisa manter os cargos comissionados que se espalham nas diversas camadas da Administração se quiser ter bom desempenho na próxima corrida eleitoral e pavimentar o caminho para 2018.

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