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QUA, 24/06/2015 - 11:49
Jornal GGN - O Banco Central (BC) projeta uma retração mais expressiva da economia brasileira em 2015: dados do Relatório Trimestral de Inflação elaborado pela autoridade monetária mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve apresentar queda de 1,1% no ano de 2015. A estimativa traçada no relatório anterior aponta um retrocesso de 0,5%. O prognóstico para o total acumulado em quatro trimestre até o primeiro trimestre de 2016 é de -0,8%.
A produção agropecuária deverá crescer 1,9%, acima da projeção anterior, que era de 1%. Contudo, a projeção para o recuo da indústria passou de 2,3% para 3%. O BC destaca os impactos das reduções projetadas para a indústria de transformação, de 3,4% para 6%, e para a produção e distribuição de eletricidade, água e gás, de 1,4% para 5,6%. De acordo com o BC, esse cenário reflete aumento da participação de termoelétricas na oferta de energia (mais cara) e de redução do consumo de água no primeiro trimestre do ano. A projeção para o setor de serviços passou de crescimento de 0,1% para queda de 0,8%.
A autoridade monetária também revisou a projeção para o consumo das famílias, que passou de expansão de 0,2% para queda 0,5%. Segundo o BC, essa revisão está “em linha com a piora no mercado de trabalho e a manutenção da confiança do consumidor em patamares historicamente reduzidos”. Também foi alterada a estimativa de consumo do governo, que passou de crescimento de 0,3% para queda de 1,6%, “consistente com o cenário de ajuste fiscal em curso”.
Em relação à demanda externa, o BC revisou a projeção para as exportações, com aumento de 3,1 ponto percentual para 5,5% de crescimento, em relação à estimativa anterior. No caso das importações, a estimativa é queda de 6%. Segundo o BC, esse cenário repercute os efeitos de redução do consumo e da alta do dólar.
"Os efeitos, no curto prazo, dos ajustes macroeconômicos adotados no âmbito das políticas monetária e fiscal, associados, ainda, a eventos não econômicos, concorrem para que o crescimento da atividade econômica neste ano situe-se abaixo do crescimento potencial. No médio prazo, os impactos das mudanças no ambiente macroeconômico advindas com os ajustes em curso contribuem para a recuperação da confiança de empresas e famílias, com reflexos na evolução do consumo e do investimento. Esse fator, associado ao maior crescimento global – perspectiva que gradualmente se consolida – tende a conferir maior dinamismo à atividade doméstica", pontua o Banco Central.
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