QUI, 25/06/2015 - 11:54
ATUALIZADO EM 25/06/2015 - 11:54
Jornal GGN - Dos quatro detidos na 14ª fase da Operação, na última sexta-feira (19), três executivos ligados às empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram liberados, depois que o prazo de cinco dias da prisão temporária venceu. O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, teve a temporária convertida em preventiva, por ordem do juiz Sergio Moro.
Ao noticiar o fato, a Folha de S. Paulo preferiu manchetar: "Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz". O que se afirma no título não é explicado na própria reportagem. Apesar de indicar que Alexandrino é citado como "um dos principais elos da empresa com políticos", a referência ao ex-presidente não é mencionada no conteúdo do texto.
O objetivo de manter o executivo preso é apurar a acusação feita por Paulo Roberto Costa de pagamento de propinas de US$ 30 milhões, nos últimos anos pela Braskem, ao ex-diretor da Petrobras e ao ex-presidente do PP, José Janene.
Segundo crítica no Brasil 247, Alexandrino esteve no grupo Odebrecht durante todo o governo de Fernando Henrique Cardoso, intermediando negociações, como a criação da Braskem, empresa resultante da fusão entre os ativos petroquímicos da Odebrech e da Petrobras.
"Surgida na era tucana, a Braskem, segundo muitos analistas, foi decisiva para evitar a bancarrota do grupo Odebrecht, que é também um dos principais contratantes de palestras do ex-presidente Fernando Henrique e também financiador do iFHC", publicou o Brasil 247. "Nem por isso, no entanto, Alexandrino é apresentado pela Folha como 'ex-diretor ligado a FHC'", completa.
Da Folha de S. Paulo
Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz
Para Moro, Alexandrino de Alencar, executivo que era da Odebrecht, tinha 'papel relevante' no esquema
Em despacho, juiz chamou de 'inusitado e parcial' o comunicado feito pela empreiteira em jornais do país
O ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Salles de Alencar, um dos principais elos da empresa com políticos, seguirá preso por tempo indeterminado. A decisão é do juiz federal Sergio Moro, que converteu a prisão de temporária em preventiva nesta quarta (24).
O juiz aproveitou para defender as prisões decretadas na última fase da Lava Jato, criticando o "inusitado e parcial comunicado" que a Odebrecht fez nos principais jornais do país na segunda (22).
No texto, a empresa nega estar envolvida em cartel, corrupção e fraude a licitação em obras da Petrobras e diz que as prisões foram uma "afronta aos princípios mais básicos do Estado de Direito", pois se baseariam em equívocos de interpretação (...).
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