SAB, 27/06/2015 - 16:11
Enviado por Gilberto Cruvinel
Do Jornal I
Por Felipe Paiva Cardoso
Gregos vão ser chamados a pronunciar-se sobre proposta de acordo com os credores.
Considerando não ter um mandato que lhe permita aceitar um prolongamento do resgate ou um vasto conjunto de medidas de austeridade, o primeiro-ministro grego decidiu esta noite que vai marcar um referendo para a população se pronunciar sobre a proposta de acordo dos credores.
Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, passou a primeira metade do dia em Bruxelas, onde reuniu com Angela Merkel e François Hollande, e voltou à mesa de negociações com os credores do país, o FMI, BCE e CE. No final destas negociações, fontes europeias apontaram que um acordo tinha ficado bastante mais provável, apontando apenas pequenas diferenças entre a posição dos credores e a do governo grego.
Mas a segunda metade do dia de Tsipras já foi passada em Atenas, tendo convocado para o final da tarde uma reunião de emergência com os seus ministros para debater os avanços e recuos das negociações, assim como as medidas que estavam em cima da mesa. Ao longo da semana, foram vários os ministros e deputados do Syriza que se manifestaram profundamente desagradados com as medidas de austeridade que iam sendo noticiadas como prováveis, tendo muitos prometido até votar contra a proposta quando esta chegasse ao parlamento grego para aprovação.
Agora, e na sequência da reunião de urgência com o seu governo, Alexis Tsipras anunciou que vai convocar um referendo sobre a proposta de mais austeridade que foi delineada com os credores, sendo expectável que fale em breve ao povo grego.
Países do euro. O final do dia ficou ainda marcado pela notícia de que os ministros das Finanças da zona euro e as instituições credoras da Grécia já começaram a preparar planos de emergência para proteger o sistema financeiro de cada país dos impactos imprevisíveis da situação grega, pois caso a proposta dos credores acabe por não ser aceite pela Grécia, esta passa a estar na recta final da saída da moeda única. O acordo que nos últimos dez dias foi alvo de negociações intensas tem sido apontado como a “última hipótese” da Grécia para continuar no euro – e a receber empréstimos das instituições que lhe permitam manter-se à tona de água.
Este sábado, dia 27, os ministros das Finanças do euro voltam a reunir em Bruxelas para debater a situação grega.
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