SEG, 29/06/2015 - 14:42
Jornal GGN - A Petrobras anunciou uma redução de 37% em seus investimentos totais para o período de 2015 a 2019: o plano para o período 2015-2019 e comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) corresponde a um total de US$ 130,3 bilhões, o que representa US$ 90,3 bilhões a menos em relação ao previsto no plano de 2014 a 2018.
Ao mesmo tempo, o montante de desinvestimentos em 2015/2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na exploração e produção, 30% no abastecimento e 40% no gás e energia), além de esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais, totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017/2018.
"A carteira de investimentos do plano prioriza projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural", pontua a estatal, em comunicado ao mercado.
Dos investimentos da área de E&P, 86% serão alocados para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 3% para suporte operacional. Serão destinados US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré-sal. Na atividade de exploração no país, a Petrobras afirma que "os investimentos estão concentrados no programa exploratório mínimo de cada bloco.
No Abastecimento, serão investidos US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima, e 10% na distribuição. Os demais 10% incluem investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros. A área de Gás e Energia tem alocados US$ 6,3 bilhões, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).
A companhia espera alcançar uma produção total de óleo e gás (Brasil e internacional) de 3,7 milhões de barris por dia (boed) em 2020, ano no qual estima que o pré-sal representará mais de 50% da produção total de óleo.
"O plano prevê a adoção de medidas de otimização e ganhos de produtividade para reduzir os gastos operacionais gerenciáveis (custos e despesas totais, excluindo-se a aquisição de matérias-primas). Ações já identificadas demonstram que esse resultado pode ser alcançado por meio de maior eficiência na gestão de serviços contratados, racionalização das estruturas e reorganização dos negócios, otimização dos custos de pessoal e redução nos dispêndios de suprimento de insumos", ressalta a Petrobras.
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