DOM, 07/06/2015 - 12:14
A data de ontem lembra o célebre discurso do General George Marshall, então Secretario de Estado do governo Truman, em 5 de junho de 1947, discurso proferido na Universidade de Harvard onde o grande militar e estadista propõe o Plano de Recuperação Europeia, conhecido como Plano Marshall, evento crucial para a reorganização do mundo moderno após o conflito.
Lançado em 1947, o Plano foi executado entre 1948 e 1953, despejou em 18 países europeus 13 bilhões de dólares, em moeda de hoje seria como US$190 bilhões e foi o gatilho fundamental para o relançamento da economia européia que na década seguinte, já em 1952, atingia níveis superiores às economias de cada Pais no pré-guerra.
Marshall ofereceu o Plano também para a União Soviética e seus satélites, mas foi mal sucedido. Os soviéticos não aceitaram e impediram dois países, a Alemanha do Leste e a Polônia, de receberem os benefícios depois de já terem aderido ao plano.
Aos recursos do Plano Marshal deve-se somar em moeda da época US$ 9 bilhões gastos pelos EUA entre o fim da guerra, maio de 1945 a fins de 1947 em doações de alimentos, combustível, remédios e material de transporte à Europa Ocidental que estava sem condições de sobrevivência dado o nível de destruição de sua estrutura básica.
O Plano Marshall foi gerido por uma agencia instalada em Paris, a Administração da Recuperação Europeia que ao fim do Plano foi convertida na Organização Europeia de Cooperação e Desenvolvimento (OECD) que existe até hoje, uma entidade de grande prestígio em políticas públicas para o qual o Brasil foi convidado a fazer parte em 2006 e recusou. O Ministro Joaquim Levy esteve na OECD na semana passada e o convite poderá ser renovado. O México e o Chile já fazem parte da OECD.
O General George Marshall ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela ideia do Plano mas teve antes um fundamental papel na condução da Segunda Guerra, como chefe do Estado Maior do Exercito, antes da existência do Pentágono. Nessa condição foi o grande maestro do esforço bélico americano, acima de todos os outros generais e almirantes.
Um homem excepcional de grande visão estratégica, foi terminantemente contra a criação do Estado de Israel, prevendo as péssimas consequências para a política externa americana no Oriente Médio. Foi vencido nessa questão dentro do Governo Truman e se aposentou.
Foi, sem dúvida, um dos maiores homens da Historia dos EUA.
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