QUI, 11/06/2015 - 13:37
ATUALIZADO EM 11/06/2015 - 13:48
Jornal GGN - No mesmo dia em que a Polícia Federal realizou uma série de prisões no Paraná, incluindo a de um amigo pessoal de Beto Richa (PSDB), o governo emitiu uma nota à imprensa afirmando que "apoia" as investigações do Ministério Público sobre o esquema de fraude fiscal que, segundo estimativas das autoridades, provocou um rombo de R$ 500 milhões aos cofres públicos do Estado.
Na nota publicada na quarta-feira (10), o governo Beto Richa dá a entender que o pagamento de vantagens indevidas a fiscais da Receita em troca de cancelamento ou redução de multas é um crime conhecido no Paraná há cerca de três décadas. O tucano não dispensou uma linha sequer para apontar o que sua gestão fez nos últimos anos, para combater a corrupção na esfera pública. Ao contrário disso, atribuiu a culpa aos "maus fiscais" que fizeram uso do cargo, sem nenhuma fiscalização, para enriquecimento ilícito.
"O Governo do Estado apoia as investigações e o esclarecimento completo de todas as suspeitas de corrupção que neste momento envolvem servidores públicos da Receita Estadual, conforme o Ministério Público. Segundo as denúncias já divulgadas, os desvios de conduta e a cobrança de propina por parte de maus fiscais caracterizam um comportamento endêmico, ou seja, fatos que acontecem há cerca de trinta anos", informa a nota.
"O Governo está à disposição para colaborar com as investigações e defende a punição de todos os envolvidos que tiverem a culpa comprovada, até para que os bons servidores não paguem pelos erros daqueles que usaram a sua condição para enriquecer ilicitamente ou para prejudicar a sociedade paranaense", acrescenta.
Na quarta-feira, a Polícia Federal prendeu o ex-inspetor-geral de Fiscalização da Receita Márcio de Albuquerque Lima, parceiro de Richa em corridas automobilísticas. Ele é apontado pelo Ministério Público como chefe do esquema fiscal.
Já o primo de Beto Richa, o empresário Luiz Abi Antoun, que já havia sido detido temporariamente por suspeita de fraudar uma licitação no Paraná, recebeu nova ordem de prisão, mas não foi localizado. Ele é considerado foragida pela Polícia.
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